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sexta-feira, 8 de outubro de 2010

O ponto de encontro dos colorados em Gaspar

As mesas e as cadeiras são azuis, cedidas por uma marca de cerveja, o contêiner reformado e transformado em bar também é azul, assim como o coração do proprietário só tem lugar para um time de futebol: O Grêmio de Porto Alegre. Então, por que uma turma de colorados se reúne, religiosamente, em dias de jogos justamente na casa do "inimigo" ou do "secador" como se diz na gíria do torcedor?
No Rio Grande do Sul se diz que colorados e gremistas estão tão unidos quanto água e azeite, isto é, as duas torcidas num mesmo bar levaria qualquer proprietário em sã consciência a fechar as portas para evitar maiores aborrecimentos.
No caso da Bagé Lanches, a explicação para tanta cordialidade está na amizade entre o dono do bar, Claudenir Oliveira, o popular Bagé, e o Cônsul do Inter-RS em Gaspar, Rafael Schwartz que não se intimida e por e-mail ou pela rede de relacionamento Orkut convoca os colorados a assistirem aos jogos na TV da lanchonete do gremista Bagé, que há um mês se mudou da Rua Duque de Caxias para a Avenida Francisco Mastella, no bairro Sete de Setembro. "O Bagé é meu amigo independente de qualquer coisa; rivalidade só nos 90 minutos", afirma Rafael. Bagé, que tem esse apelido porque nasceu na cidade gaúcha homônima, concorda, mas tem outro motivo para esquecer as diferenças clubísticas e pensar nos clientes colorados. "Na verdade, foram eles (colorados) que começaram a frequentar a lanchonete em dias de jogos, e continuam sendo o maior grupo, embora torcedores de todos os clubes da Série A do Campeonato Brasileiro frequentem a lanchonete", conta Bagé que atende a todos com a mesma simpatia. No entanto, o gremista admite que os jogos do Inter têm preferência sobre os demais, porém não deixa os outros clientes sem o jogo do seu time. "Coloco uma outra TV, porque tenho a opção de um segundo ponto da operadora de TV por assinatura", explica.
Os gremistas e flamenguistas são também dois grupos grandes de torcedores, além de vascaínos, são-paulinos, corinthianos, entre outros que marcam presença regularmente nas mesas do Bagé Lanches, mas nada comparado à organização dos colorados, único clube com um consulado em Gaspar (leia box). "O Rafael dá uma atenção especial aos colorados, cumprimenta cada um que chega", observa Bagé. "Em dia de jogo importante vendo até dez caixas de cerveja. Se não tivesse a transmissão do jogo na TV, não venderia nem a metade", revela Bagé que entre um lanche (a especialidade é um prensado de 16cm de diâmetro) e uma cerveja servida nas mesas dos coloradores dá uma espiada no jogo e, discretamente, abre um sorriso com o primeiro gol do Palmeiras na vitória sobre o Inter na última rodada do Campeonato Brasileiro, na quarta-feira (28).
Está de volta a rivalidade secular entre os dois maiores clubes do futebol gaúcho. No fundo do bar, o Palmeirense solitário, Maicon de Borba, também vibra com o gol. "Faço a minha festa sozinho", admite o jovem palmeirense que foi embora no intervalo do jogo, sendo substituído por Valdecir Schmitt que viu o seu time fazer o segundo gol e estragar de vez a festa de 25 colorados.

Brincadeira vira coisa séria
Antes do jogo, Rafael toma a palavra para repassar as informações das últimas ações do consulado gasparense. A principal novidade é a implantação da primeira escolinha de futebol do clube no Médio Vale do Itajaí, conhecida como Projeto Genoma. A cidade escolhida é Ilhota. Neste sábado (2), avisa Rafael aos colorados, "vamos receber a visita do assessor do projeto, quem quiser acompanhar está convidado". Tem sido assim nos últimos nove meses. Gaúcho de Esteio, mas há 14 anos morando em Gaspar, Rafael tem se empenhado para organizar o Consulado do Inter em Gaspar. "Não imaginava que uma simples brincadeira de cinco colorados fosse evoluir tão rapidamente. Hoje até no site oficial do Inter somos citados como exemplo de organização", comemora o Cônsul. O pequeno grupo se transformou numa legião de 90 seguidores do time gaúcho em Gaspar que estão em contato permanente, sendo que 21 já são sócios contribuintes do Inter. E Rafael acredita que existam muito mais colorados em Gaspar e Ilhota. A meta, revela o Cônsul, é ter 120 filiados e associar 30 colorados no clube, já que essa é uma das finalidades do consulado. Paixão A paixão pelo colorado, Rafael traz na genética - o avô, José Maria Flores, foi Cônsul do clube em São Paulo. Evandro Schwartz, irmão de Rafael, é o vice-cônsul em Gaspar, e o responsável pelo primeiro contato para a implantação do Projeto Genoma em Ilhota. Ele lembra que a diretoria do Inter pesquisou bastante antes de enviar o emissário à cidade vizinha neste sábado. "Eles (diretoria) estão impressionados com o nosso poder de mobilização na cidade". Pai e filho Adão Siqueira, 71 anos, nunca foi ao Beira-Rio. Nascido em Sarandi (RS), ele não lembra quando se tornou torcedor do Inter. "Já nasci colorado". No entanto, recorda bem da sua maior alegria com o seu clube.

Paixão desde a infância
Mesmo preso a uma cadeira de rodas, Adão é um frequentador assíduo da Lanchonete do Bagé.O seu filho, Leonir José Siqueira, 45 anos, o Leo, é quem o traz. Ex-jogador de futebol do Tupi e dos juniores do Blumenau, Leo conta que participa da Associação dos Colorados de Blumenau e já está trabalhando para fundar a Associação em Gaspar.

Bagé Lanches
Contatos
E-mail: gauchoinblu@hotmail.com
Fone: (47) 3397-1364
Orkut: Bagé
(Fonte:Jornal Metas/Gaspar/http://www.adjorisc.com.br/jornais/jornalmetas)

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