Após a lição imposta pelo Mazembe, em 2010, e mais recentemente pelo Veranópolis e Cruzeiro (RS), constata-se que chega a hora da direção colorada rever antigos conceitos. O torcedor quer qualidade e equipe competitiva. Com a desclassificação prematura na Taça Piratini, sobrou para quem menos tem culpa dos equívocos estratégicos cometidos por um clube que menosprezou o Gauchão ano passado e repetiu a ousadia em 2011.
O treinador Enderson Moreira foi demitido por telefone do Inter C (batizado equivocadamente de Time B). Logo ele que tinha uma missão quase impossível pela frente, que era tentar repassar aos comandados uma responsabilidade do time principal. Deu no que deu.
Considero injusto penalizar um profissional que não dispõe de recursos humanos qualificados para competir com equipes mais fortes e mobilizadas. A extinção do Time B representa uma economia de R$ 1,7 milhão aos cofres colorados.
Time competitivo deve treinar e jogar seus campeonatos. Não pode abrir mão disso, senão corre riscos desnecessários como constatado no Mundial de Clubes. O efeito cascata dos equívocos "mazembianos" de 2010 persiste até hoje, quando o Internacional presenteia aos bravos torcedores a eliminação em casa diante do Cruzeiro.
Espera-se que a equipe principal assuma seu compromisso com o torcedor, volte à campo, agrida o adversário, imponha seu futebol e não se acovarde jamais. Sob pena de sofrer gol mortal no último segundo da partida. Um Inter competitivo é o mínimo que o torcedor exige. Quem vai à arquibancada merece respeito. Quem torce de longe, também.
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